Esta obra constitui uma importante fonte de informação e de reflexão sobre a abordagem contemporânea da investigação social. Declinando as barreiras disciplinares, os autores demonstram que a aquisição de conhecimento resulta, acima de tudo, de dois aspectos: da capacidade de abertura e de ter dúvidas. A dúvida para questionar o "saber adquirido"; a abertura para ser tolerante face à diferença.
De concepção multidisciplinar, Investigação Social cobre o processo de investigação em ciências sociais, desde o estabelecimento da problemática até à colheita dos dados. Os autores, investigadores em universidades e empresas privadas, representando um vasto leque de disciplinas, expõem, analisam e criticam as tendências metodológicas específicas do seu campo de actividades numa perspectiva global e aberta.
Esta terceira edição foi objecto de uma importante actualização. Alguns capítulos foram inteiramente reescritos ou amplamente modificados. No entanto, a perspectiva de conjunto, característica das edições precedentes, persiste: o conhecimento do social exige uma abordagem rigorosa, embora ninguém ainda tenha encontrado uma forma única e acabada de a abordar.
Depois dos capítulos introdutórios em que são clarificados os principais conceitos, a obra divide-se em quatro partes: a primeira, dedicada ao objecto de investigação; a segunda, que versa a estrutura da investigação; a terceira, inteiramente dedicada à colheita de dados, aborda diferentes métodos adequados à investigação social; por último, a quarta parte apresenta algumas críticas à investigação social, nomeadamente através da apresentação da investigação-acção, método que os autores consideram encontrar-se em oposição à tradição objectivista.